“Partilha”, “verde” e “sustentável” - Não existem palavras que melhor descrevam a mobilidade urbana das novas gerações. Descubra aqui como os millennials mudaram o paradigma e as diferentes soluções utilizadas para uma circulação mais eficiente e amiga do ambiente.

Não faltam motivos para a mudança para a mobilidade verde e a verdade é que gradualmente esta aconteceu, principalmente quando falamos da geração millennial. As preocupações ambientais, as horas passadas no trânsito, os empregos mal remunerados, a experiência em vez da posse, as oscilações constantes no preço dos combustíveis e o meio digital são apenas alguns dos fatores que contribuíram para que a transformação ocorresse.

Os millennials - que nasceram entre 1980 e 1996 - são menos consumistas que a geração anterior, mais favoráveis à mudança e querem fazer do planeta um local mais limpo e sustentável. A economia deixou de ser a da propriedade para passar a ser a da partilha e a mobilidade, para eles, deve ser mais verde e limpa - conceitos que também graças ao digital, parecem ter vindo para ficar.

Mobilidade sustentável: o que é?

Sendo a sustentabilidade a procura de satisfazer as necessidades sem comprometer os recursos naturais e a sua utilização futura, a mobilidade sustentável aplica esse princípio aos meios de transporte. Este tipo de mobilidade procura essencialmente a eficiência energética, que será cada vez mais melhorada pela transição energética de combustíveis fósseis para energias renováveis, e visa melhorar a vida das pessoas através de uma circulação com menos ruído e deslocações mais fáceis e que gastem menos energia - ideias que agradam a população urbana, mas principalmente a geração millennial.

Que exemplos de mobilidade sustentável existem?

Existem tipos distintos de mobilidade sustentável. Entre eles, encontra a mobilidade partilhada e a mobilidade elétrica, sendo que ambas as opções estão presentes na escolha dos millennials, em diferentes contextos e situações. Ora veja.

Mobilidade partilhada

Uber, metro, trotinetes elétricas, car-sharing, ou até mesmo motas partilhadas. Os mais jovens têm vindo a procurar outro tipo de mobilidade: mais barata, mais limpa e de menor compromisso. Os transportes públicos, sobretudo o metro, continuam a liderar preferências: são baratos, rápidos, eficientes e uma das opções mais sustentáveis para o ambiente. Mas não são a única forma de esta geração se mover - o que não falta são trotinetes e bicicletas elétricas espalhadas pelas cidades, quer sejam de uso próprio ou pertencentes a empresas de partilha, como a Uber e a Lime, ou empresas Municipais como a EMEL - responsável pela rede GIRA em Lisboa. Sabia que a Uber, inclusive, está a reforçar a sua frota com veículos de 0% emissões, aceitando apenas novos motoristas com veículos elétricos?

Mobilidade elétrica

Os veículos elétricos são um exemplo perfeito de mobilidade sustentável e que tem vindo a crescer entre os millennials. Circulam sem ruído e sem emissões poluentes e, normalmente, possuem estacionamento facilitado em parques ou mesmo na via pública, onde podem ser carregados. Atualmente, existem já mais de 5 mil postos de carregamento de veículos elétricos de acesso público em Portugal, sem esquecer a facilidade com que se consegue instalar um carregador em casa.

Outras formas de mobilidade elétrica que vão ganhando também popularidade são, conforme mencionado anteriormente, as motas, bicicletas ou trotinetas elétricas de uso pessoal, que possuem igual facilidade de carregamento e reduzem os constrangimentos na altura de estacionar em casa ou no local de trabalho. Dependendo da distância, esta é uma opção que permite uma deslocação prática, barata e limpa.

Como apostar também na mobilidade urbana sustentável?

Para fazer como a geração millennial e contribuir para a adoção da mobilidade sustentável, deixamos algumas sugestões - a curto e longo prazo - que poderá ter em consideração.

• Usar transportes públicos com maior frequência, procurando as rotas e meios mais adequados;
• Adotar o uso de bicicleta ou trotinete, mais fácil com o crescimento das ciclovias;
• Combinar deslocações com outras pessoas da família, amigos ou colegas;
• Optar por um veículo elétrico na altura de trocar de carro;
• Usar táxi ou veículos TVDE (nomeadamente, com veículos elétricos) para locais com maior concentração de pessoas e estacionamento mais reduzido;

O digital está aí, os meios de transporte limpos e sustentáveis também, bem como a partilha. As cidades, e as pessoas, vão ter de adaptar-se gradualmente a novas realidades de forma a dar respostas eficientes à procura. Na segurança de saber que estas novas alternativas são, no geral, melhores: menos poluentes, menos ruidosas, menos espaçosas, menos dispendiosas. E lembre-se: se quiser ou precisar de ter um carro próprio, opte pela mobilidade elétrica. Os millennials já começaram a fazê-lo e as próximas gerações prometem seguir-lhes os passos.