Portugal continua na cauda da Europa no que diz respeito ao comércio eletrónico. Ainda assim, a pandemia ditou uma mudança de hábitos.

Com a pandemia, as compras online dispararam de uma forma natural. Segundo dados do Eurostat, em Portugal, durante o ano de 2020, 79% das pessoas entre os 16 e os 74 anos utilizaram internet, e dessas, 45% fez compras online.

Uma boa fatia dos portugueses alteraram os seus hábitos de consumo, por necessidade - uma vez que se encontravam confinados - mas essa mudança manteve-se, mesmo à medida que as restrições se foram levantando. Ainda assim, o mesmo relatório do Eurostat indica que Portugal continua a ser um dos países da União Europeia onde os internautas menos fazem compras online: a média da União Europeia é de 72% de pessoas a fazerem compras online, bastante acima dos 45% em Portugal.

O ranking das vendas online

Antes da pandemia, o grosso do consumo online nacional passava por transportes (passes e bilhetes intermodais), bilhetes (concertos, cinema e espetáculos), alojamentos locais e hotéis. Com a pandemia e o confinamento, a restauração - em especial o take away -, bem como outros produtos alimentares, bebidas e tabaco registaram-se entre as preferências do consumidor nacional. Mas sobretudo, as vendas online em 2020 tiveram nos super e hipermercados e nas farmácias e parafarmácias os seus recordistas: segundo os relatórios semanais da SIBS em 2020, representaram mais de metade das compras online efetuadas em Portugal.

O ranking das vendas online em 2020 incluem ainda produtos de higiene pessoal, produtos para cabelo, livros, jogos online ou de tabuleiro, aulas de fitness, subscrições de plataformas de streaming como HBO ou Netflix e cursos de línguas.

Com o reforço do comércio eletrónico em Portugal, mesmo após a pandemia, é normal que o leque de compras se alargue e comece a incluir objetos de grande escala, como eletrodomésticos.

No entanto, o mundo das compras online ainda levanta uma série de interrogações para muitos portugueses: Será seguro? E se me ficarem com o dinheiro ou com os meus dados? Consigo devolver ou trocar caso não goste? Será a marca falsa?

Quando navegamos na internet, por norma, estamos descontraídos e vulneráveis, o que nos torna um alvo fácil ao consumo. Cedemos de forma mais rápida à compra de artigos que, a maior parte das vezes, não nos faria falta. Por isso, antes de comprar pense se realmente o produto em questão lhe faz falta, se necessita ou se vale a pena o dinheiro investido.

Se a resposta for sim e quiser efetivar a compra online, leia os nossos cinco conselhos e... boas compras!


1. Confirme que o site possui um certificado de segurança válido

Existem três coisas que um site deve ter para ser considerado confiável: contactos, informação sobre a empresa e dados sobre a sua política de privacidade e segurança. O primeiro permite-nos ter uma forma de entrar em contacto com a marca, caso o produto que comprámos venha danificado, avariado ou simplesmente não quisermos ficar com ele e, consequentemente, proceder à sua devolução. O segundo ponto permite-nos conhecer mais sobre a marca a que estamos a comprar o produto e o terceiro leva-nos a conhecer a política que a mesma tem acerca dos nossos dados pessoais como nome, morada, email ou número de telefone, por exemplo.

A segurança também é um aspeto importante a ter em conta. Quando abrir o site da marca, repare no link que se encontra na barra de navegação do seu browser. Se antes do link estiver o ícone de um cadeado e o url começar por https:// é sinal de que o site possui um certificado de segurança que, no fundo, garante que os seus dados enviados do seu computador para o servidor da marca são codificados, ou seja, corre menos risco de serem utilizados para ações fraudulentas.

Dica: se tiver dúvidas quando à credibilidade da marca, faça uma pesquisa – tanto nas redes sociais como no Google - e veja quais as opiniões de outros consumidores.

2. Compare antes de comprar

Vamos imaginar que quer comprar uma televisão. Se a quisesse comprar numa loja física, provavelmente não compraria a que estivesse na montra sem avaliar outras televisões ou outras lojas, pois não? O mesmo se aplica no online. O ideal é fazer uma breve pesquisa por diferentes marcas ou lojas e comparar. Ao fazê-lo, pode encontrar diferenças de preço – tanto no produto como nos portes de envio -, diferentes tamanhos, diferentes qualidades de imagem, diversas características, garantir que tem outras funcionalidades como acesso a entradas USB, entre outras.

Se tiver dificuldade em encontrar outras marcas que vendam o produto que procura e não conseguir comparar preços, sugerimos-lhe o site KuantoKusta.

Criada no ano de 2004, a marca tem como objetivo não só comparar os melhores preços como também oferecer uma boa qualidade de compra. Assim, basta que procure na barra de pesquisa por “smart tv” e, de seguida, irão aparecer diversas televisões. Carregue na sua preferida e, de imediato, terá os vários preços das várias marcas que vendem aquela mesma televisão. O KuantoKusta além de mostrar logo qual a melhor oferta, também lhe dá a conhecer o valor dos portes que cada loja lhe irá cobrar. Se preferir, pode comprar diretamente no site com toda a segurança. Fácil, não é?

3. Na hora de pagar, esteja de olhos bem abertos!

Quando finalmente se decide pelo produto e pela loja onde o quer comprar e clica em “adicionar ao carrinho”, tem de estar muito atento ao passo seguinte.

Muitas lojas online cobram, além do preço do produto, despesas adicionais como portes de envio e taxas. Se a sua compra for efetuada na União Europeia, não lhe podem cobrar direitos alfandegários, por exemplo.

na hora de pagar esteja de olhos bem abertos

Verifique sempre o preço final e não se esqueça de confirmar se é apenas o produto que está a comprar e não estão adicionados à compra montagem, seguros ou outros artigos e serviços.


4. Pague de forma segura e protegida

Antes de efetuar o pagamento, ser-lhe-ão pedidas algumas informações pessoais. Certifique-se de que pedem apenas as que são estritamente necessárias como o nome, morada, código postal e contactos, por exemplo.

No ato de pagamento dê preferência a estes dois métodos: cartão virtual ou pagamento à cobrança. Por norma, é habitual usarmos o nosso cartão de crédito, mas esta não é a forma mais segura e, se o puder evitar, evite!

Várias entidades bancárias já estão preparadas para este tipo de consumo e a grande maioria já dispõe da criação de cartões virtuais para compras únicas, tal como a aplicação MB WAY. Assim, para além de não fornecer dados confidenciais do cartão, também não há riscos de lhe cobrarem mais dinheiro do que efetivamente aceitou dar.

Além disso, tenha em atenção a mensagens e emails suspeitos, e que podem representar tentativas de fraude. Ainda que o nome do remetente seja o nome da marca, verifique atentamente o conteúdo, links e número ou email do qual recebeu informação. De forma a perceber se é um conteúdo fraudulento ou não, contacte diretamente a marca através do número de telefone oficial presente no site, por exemplo.

5. Conheça a lei e os direitos do consumidor em compras online 

A maioria dos sites que permitem a compra de um determinado produto devem indicar ao consumidor como este deve proceder relativamente a:

  • reclamações
  • prazos de garantia
  • termos e custos de entrega e pagamento
  • direito de arrependimento
  • reembolso ou troca de produto.

Leia atentamente e, apenas se concordar com tudo, proceda à compra.

Realizar compras na internet é cómodo, rápido e, muitas vezes, mais barato. Hoje vende-se tudo à distância de um clique, não só os produtos convencionais, mas também outros de médio ou grande porte, como uma cama, por exemplo, um móvel ou um carro são passíveis de ser comprados através da internet. Contudo, temos de estar atentos aos perigos que existem na rede.

Siga os nossos conselhos e faça compras de forma segura e eficaz!