Saiba porque é que é importante fazer periodicamente revisões à sua casa.
Tal como não devemos descurar as idas anuais ao médico para saber como está a nossa saúde, também não devemos negligenciar a “saúde” das nossas casas. Fazer check-ups regulares e fundamentais às instalações de gás e eletricidade, mas também aos eletrodomésticos ou às lâmpadas, por exemplo, é muito importante para manter a sua habitação segura e eficiente e, claro, para poupar alguns euros na carteira ao final do ano. Sim, porque garantir que os aparelhos da nossa casa estão a funcionar de forma correta e sem nenhum problema, é o primeiro passo para uma utilização mais eficaz.
Assim, damos-lhe a conhecer cinco aspetos da sua casa a que deve fazer revisões frequentes para garantir maior eficiência e segurança.
Instalação de gás e eletricidade
Ao fazer o check-up à sua casa é importante que privilegie a verificação das instalações de gás e eletricidade. Estas são partes importantes da casa, e com as quais se deve ter muito cuidado, já que qualquer dano pode dar origem a curto-circuitos, incêndios ou explosões. E é por isso mesmo que a revisão deve ser feita por entidades e técnicos competentes.
Caso seja cliente EDP Comercial, tem à sua disposição os serviços de assistência técnica incluídos nos Packs EDP, que lhe dá acesso a uma revisão anual gratuita das instalações de gás e eletricidade - para além de planfonds de assistência técnica para reparação de avarias e muitas outras vantagens. Esta revisão tem como objetivo verificar o estado destas instalações, identificando anomalias, para garantir a segurança da sua casa. O check-up inclui 25 testes (15 para a instalação de gás e 10 para a instalação elétrica), que pretendem detetar eventuais fugas de gás, excesso de monóxido de carbono, sobrecargas energéticas, curto-circuitos, riscos de incêndio, explosão ou intoxicação e danos em equipamentos.
Eletrodomésticos
Com certeza já reparou que os seus eletrodomésticos e aparelhos eletrónicos têm uma etiqueta que indica a sua eficiência energética, certo? Esta certificação, obrigatória desde 1992, ajuda os consumidores a fazerem escolhas mais acertadas quando compram um eletrodoméstico, identificando aqueles que são mais eficientes, e também permite fazer comparações entre aparelhos semelhantes, para que possa escolher os que consomem menos energia e têm um menor custo de utilização.
Em 2010, a escala de eficiência energética foi alterada, deixando de ser de A a G, para passar a ser de A+++ (mais eficiente) a D (menos eficiente). E porque é que a classe energética é importante? Os eletrodomésticos de classe A+++, quando comparados aos de classe A, podem consumir até menos 30% de energia. Se estivermos a falar de aparelhos de refrigeração, essa diferença pode chegar aos 60%. Para exemplificar, imagine que tem um frigorífico de classe A - que ainda por cima já tem uns bons anos - e está a pensar se lhe compensa comprar um frigorífico A+++.
Deverá fazer a seguinte conta:
Imagine que o seu frigorífico gasta, em média 25 kWh por mês (o que corresponde a 300 kWh/ano). Se tiver tarifa simples e pagar 0,17€ por cada kWh de eletricidade, então a conta a fazer é a seguinte:
Assim sendo, ao final de dez anos pode estar a poupar cerca de 400€ ao trocar o seu frigorífico. Se quiser fazer a conta para outro tipo de eletrodomésticos (como uma máquina de lavar loiça ou de lavar roupa) então deve usar o valor de 1,30 para o fator de poupança em vez de 1,60. Caso tenha contratada uma tarifa bi ou tri-horária, terá de calcular a tarifa média que paga por cada kWh.
Se tiver eletrodomésticos ou dispositivos eletrónicos antigos e de classe inferior a A, esta poderá ser uma boa altura para os trocar e poupar alguns euros ao final do ano. Um equipamento de classe A+++ é mais caro, mas consome menos energia, pelo que, a longo prazo, costuma ser vantajoso. Para perceber qual é a melhor solução para si, basta comparar a classe energética e os restantes indicadores e escolher o melhor eletrodoméstico, tendo em conta as suas necessidades e orçamento.
Iluminação
Algo de que também não nos lembramos frequentemente de verificar em casa, são as lâmpadas que usamos nos candeeiros - que devem ser de lâmpada única em detrimento de candeeiros com várias lâmpadas.
As lâmpadas LED são a melhor tecnologia para iluminar uma casa. São muito mais eficientes, duradouras, sustentáveis e rápidas a iluminar uma divisão do que as tradicionais lâmpadas de halogéneo. As lâmpadas LED conseguem ter o mesmo fluxo luminoso que as lâmpadas de halogéneo, mas consomem muito menos eletricidade, permitindo poupar até cerca de 90% no consumo de energia. Outra vantagem é que estas lâmpadas praticamente não aquecem, uma vez que as perdas de energia sob a forma de calor são quase inexistentes. Além disto, as lâmpadas LED têm um tempo de vida útil cerca de 15 vezes superior às lâmpadas de halogéneo, podendo durar até 30.000 horas e sendo seguramente uma opção de iluminação mais económica.
Além de escolhas mais eficientes, é fundamental garantir a limpeza regular das lâmpadas, bem como a verificação dos casquilhos e dos cabos, de forma a uma utilização ótima.
Portas e janelas
Ter uma casa bem isolada é meio caminho andado para poupar na conta da eletricidade. No inverno, o isolamento ajuda a reter o calor, e durante o verão evita que a casa sobreaqueça. Assim, não lhe valerá de nada ligar os aquecedores nos dias mais frios ou o ar condicionado nos de mais calor, sem primeiro isolar muito bem as portas e janelas: irá consumir muita energia, o que se traduz numa fatura elevada, e o efeito pretendido perde-se porque a casa não conseguirá reter o calor nem evitar o sobreaquecimento.
As portas são responsáveis por cerca de 25% das perdas de calor e as janelas por 20%. Ao isolá-las - com fita de calafetagem, por exemplo - poderá evitar estas perdas, o que representa uma poupança de até 10% na sua conta da eletricidade.
Se quiser ir mais longe, pode mesmo trocar as suas janelas por umas eficientes. As janelas eficientes têm caixilhos em PVC ou alumínio com corte térmico e são bastante estanques ao ar, o que evita a entrada de frio. Para além disso, devem ter também um vidro duplo. Sim, o investimento é grande, mas o conforto da sua casa aumentará drasticamente. Faça as contas e escolha a opção que melhor se adeque à sua casa e ao seu orçamento.
Além disto, é importante também contemplar as perdas térmicas e isolamentos ao nível das coberturas e paredes, responsáveis por uma grande percentagem de perdas de calor: cerca de 30%.
Potência contratada e tarifa de energia
Ao fazer o seu contrato de eletricidade foi definida a potência e a tarifa de energia que iriam ser aplicadas. Mas o que fazia sentido na altura, pode não fazer agora. Passamos a explicar. A potência contratada define o valor máximo de eletricidade que a sua instalação elétrica pode receber e determina o número de aparelhos que poderá ligar em simultâneo. Existem 13 opções de potência contratada, mas, por norma, as mais comuns em habitações variam entre os 3,45 kVA ou 6,9 kVA. Então e o que acontece quando a potência contratada é ultrapassada? Cada instalação tem um Dispositivo de Controlo de Potência ou um Interruptor de Controlo de Potência - o chamado quadro elétrico - que limita a potência ao valor contratado. Quando a soma das potências de vários aparelhos ligados ao mesmo tempo excede esse valor, o disjuntor interrompe automaticamente a corrente elétrica e, como se costuma dizer, “a luz vai abaixo”.
Se tiver um grande número de aparelhos elétricos, e se utilizar vários ao mesmo tempo, é provável que o disjuntor da sua instalação elétrica falhe várias vezes e é sinal de que poderá precisar de aumentar a potência contratada. Por outro lado, se utiliza muito poucos eletrodomésticos diariamente, poderá ter uma potência contratada mais alta do que a necessária, o que se traduz numa fatura maior ao final do mês, sem necessidade. Para saber qual é a potência mais adequada ao seu consumo, deve saber qual a potência dos aparelhos elétricos que tem em casa e quantas horas por dia é que cada um é utilizado. Se quiser, pode fazer uma simulação aqui.
Relativamente à sua tarifa de energia, a situação é semelhante: pode estar a pagar por uma opção horária que não é vantajosa para si. A opção horária é a forma como a eletricidade é cobrada em função do horário de consumo. Ou seja, é esta opção que determina se o preço do consumo de eletricidade é o mesmo a qualquer hora ou se há horários mais económicos. Existem três opções horárias:
- Simples: a tarifa da eletricidade é a mesma todos os dias da semana e em qualquer época do ano;
- Bi-horária: a tarifa de eletricidade depende do horário de consumo e o consumo de eletricidade pode ser cobrado à tarifa de fora de vazio (horas onde o consumo é superior e, por isso, mais caro) ou vazio (horas onde o consumo é mais barato. Por exemplo, no período noturno e fins de semana);
- Tri-horária: a tarifa de eletricidade depende do horário de consumo e o consumo de eletricidade pode ser cobrado à tarifa de fora de ponta (horas onde o consumo é mais caro), cheias (horas em que o consumo é cobrado a um preço intermédio) ou vazio;
Assim, se tem, por exemplo, uma tarifa simples mas normalmente utiliza os eletrodomésticos de maior consumo - como as máquinas de lavar roupa e louça - à noite e ao fim de semana, poderá ser uma boa ideia mudar para a tarifa bi-horária. Se, pelo contrário, tem uma tarifa bi horária e passou recentemente a ter maiores consumos de energia durante o dia, pode ser-lhe vantajoso mudar para a tarifa simples. Se é cliente EDP Comercial, saiba que pode mudar gratuitamente a opção horária associada ao seu contrato em qualquer altura, através da sua área de cliente.