Importante para o normal funcionamento de máquinas e equipamentos nas empresas, a energia reativa não deixa de ter um peso elevado na fatura elétrica, desproporcional à sua necessidade. Mas há formas simples de eliminar esse custo.
A energia reativa está presente nos consumos das empresas do regime de Baixa Tensão Especial até ao de Muito Alta Tensão. A par da energia ativa - a que é efetivamente usada no funcionamento de diversas máquinas e equipamentos - a energia reativa representa um custo relevante na fatura, que pode ter efeitos na sustentabilidade económica dos negócios. Mas há soluções que ajudam a minimizar esse problema, que detalhamos em seguida.
Energia necessária, mas que não produz trabalho
A energia reativa é necessária para produzir os campos eletromagnéticos indispensáveis ao funcionamento de motores ou transformadores. No entanto, quando a energia reativa é obtida através da rede, ‘ocupa espaço’ no sistema elétrico de uma empresa e da rede em geral, espaço que poderia ser ocupado por mais energia ativa disponível. A energia reativa também contribui para o aumento das perdas energéticas, tanto nas instalações que a consomem como nas redes de distribuição.
Uma analogia comum é a do copo de cerveja: A energia reativa é a espuma no topo, ocupa espaço mas não sacia a sede, nem diminui a vontade de beber, ao contrário do líquido, a energia ativa. Por outro lado, se a espuma que sai fora não tem grande impacto na cerveja que se está a beber, a energia reativa tem, pois implica custos que são depois notados na fatura.
Como é faturada a energia reativa?
O grau de eficiência de uma instalação elétrica, medido pelo fator de potência, é impactado negativamente pelo consumo de energia reativa. O fator de potência varia entre 0 e 1, sendo maior a eficiência energética e o aproveitamento do sistema elétrico se estiver mais perto de 1. O valor de eficiência baixa na mesma medida em que a percentagem de energia reativa total sobe.
A título de exemplo, se o consumo de energia reativa de uma instalação representar 30% do consumo de energia ativa, isso significa que o grau de eficiência da instalação equivale a 0,95. Se esse mesmo consumo aumentar para 40%, o grau de eficiência diminui, afastando-se cada vez mais de 1, o grau de eficiência máxima.
A energia reativa obtida através da rede é faturada ao consumidor segundo as regras da ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos), criadas precisamente para aumentar a eficiência do sistema elétrico português e reduzir as perdas nas redes de transporte e distribuição.
As regras estabelecidas preveem que, quando a energia reativa excede 30% da energia ativa consumida, os consumos de reativa deverão ser cobrados. Para tal, são identificados 3 escalões de energia reativa, os quais são aplicados aos consumidores consoante a quantidade de energia reativa (face à energia ativa) que estejam a consumir:
- Escalão 1: Superior ou igual a 30% e inferior a 40%;
- Escalão 2: Superior ou igual a 40% e inferior a 50%;
- Escalão 3: Superior ou igual a 50%.
A energia reativa começa a ser faturada a partir do 8.º mês em que uma instalação está em serviço, para que os consumidores possam fazer o dimensionamento da energia reativa dos primeiros meses. Portanto, é também logo nesta altura que a minimização da energia reativa faz mais sentido, para impedir esse aumento elevado na fatura elétrica.
Como se elimina o custo da energia reativa?
A melhor forma de reduzir os gastos com energia reativa passa pela instalação de baterias de condensadores. Estes equipamentos - instalados junto ao Quadro Geral de Baixa Tensão - permitem a produção de energia reativa no local, o que reduz os consumos à rede e reforça a capacidade de transporte de energia ativa, maximizando a utilização da potência contratada.
Com a utilização de baterias de condensadores, a redução na fatura de energia elétrica chega a 25% e o investimento é recuperado rapidamente, a partir de seis meses, o que aumenta ainda mais as vantagens deste tipo de solução.
EDP com várias soluções para energia reativa
Através do serviço Eliminação do Custo com Reativa, a EDP Comercial disponibiliza três soluções para os clientes empresariais instalarem baterias de condensadores e assim retirarem estes custos da fatura elétrica. Podem optar pelo pagamento a pronto do investimento, pela modalidade de prestações ou pela contratação só do serviço, que não implica investimento nos equipamentos necessários. Os clientes que escolhem contratar apenas o serviço pagam uma mensalidade, podendo a qualquer momento optar por comprar ao melhor preço do mercado os equipamentos que estão a usar ou sair do contrato sem penalizações.
Em qualquer das opções, é garantida aos clientes da EDP Comercial a eliminação da totalidade dos custos com energia reativa ao longo de 24 meses. Beneficiam ainda, no arranque, do dimensionamento da solução ótima e da instalação dos equipamentos. E, ao longo do contrato, têm também acesso gratuito ao sistema de gestão de consumos, que permite monitorizar em tempo real os gastos elétricos da instalação.
Nas duas modalidades de compra, os clientes podem depois contratar um serviço de assistência técnica quando termina o prazo de garantia da bateria de condensadores. Esse serviço de assistência é ajustado em função da potência da bateria e do período do contrato.
Mais de 800 projetos implementados
A EDP Comercial já implementou 816 projetos de Eliminação do Custo com Energia Reativa, dos quais 425 encontram-se atualmente em monitorização.
Sendo uma medida clara de reforço de eficiência energética, a Eliminação do Custo com Reativa é um dos serviços que integram o programa Save to Compete, criado pela EDP em 2012, para promover também a competitividade e a inovação. Sendo de acesso gratuito, basta registar a empresa na plataforma para ter acesso a recomendações alargadas para melhorar a eficiência e reduzir custos energéticos em várias áreas, desde a energia reativa ao solar fotovoltaico ou à mobilidade elétrica.